Como dar a intenção Dórica, frígia, etc…
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Este tópico contém respostas, possui 3 vozes e foi atualizado pela última vez por rideick 10 anos, 2 mes atrás.
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agosto 30, 2014 às 8:29 pm #1648
Gostaria de saber como posso criar uma progressão harmônica ultilizando os modos gregos, sem que faço uma seqência de acordes a tônica sempre cai no I ou VI grau e não nos outros, a excessão é o modo frígio, quando toco por exemplo a seqûencia E5 F5 G5 F5 E5, percebo que a tônica é o E5, mas se tento tocar com as tríades ou tetrades não sinto mas o Em como tônica, ele fica implorando pra eu tocar C.
E sobre fraseados, já sei sobre as notas carácteristicas, mas não sei como faço para dar a intenção. Por exemplo, gravei outro dia uma backing track tentando fazer em A lídio assim: A7M(11+) G#m7 F#m6 A7M(11+). Primeiro, pra mim o acorde de A7M(11+) está com tensão de subdominante e não de tônica, e mesmo tentando fazer um fraseado ultilizando bastante o D# pra mim não deu intenção nenhuma, ainda tava em E.
Uma ultima questão: as músicas Eduardo e Mônica do Legião Urbana, Sweet Home Alabama do Lynyrd Skynyrd e Noites de um Verão Qualquer do Skank podem ser consideradas como possuindo tonalidades em Míxolidio? Pra mim é simples explicar a harmônia dessas música, pra mim ocorre uma modulação passageiro para o V grau do tom.
agosto 30, 2014 às 9:06 pm #1649Olá Mateus, bem vindo ao forum. Vamos lá…
“Gostaria de saber como posso criar uma progressão harmônica ultilizando os modos gregos”
Para criar uma progressão modal siga os seguintes critérios:
1 – O primeiro acorde deverá ter a tônica do modo. Melhor se tiver a terça também pois assim definimos o modo como maior ou menor.
2 – O segundo acorde deverá conter a nota característica do modo.
Então, por exemplo – Dó Lídio
Escala de Dó Lídio – C D E F# G A B (mesmas notas de G maior).
Notas Características – C E F#
Campo Harmônico – C7M D7 Em7 F#m7(b5) G7M Am7 Bm7
O primeiro acorde deverá ter a mesma tônica do modo, como o modo é o C Lídio escolhemos o acorde de C7M. Poderia ser também qualquer variação desse acorde como C, C9, C7M(9), C6. Melhor se tiver a terça pois daí definimos o Lídio como modo maior, mas é possível usar acordes sem terça como o C2.
O segundo acorde terá as notas características que faltaram no primeiro acorde. Como escolhemos o acorde de C7M que possui as notas C e E, a característica que está faltando é a nota F#. Então basta escolher algum acorde do campo harmônico que tenha F# na formação, ou seja, os acordes de D7, F#m7(b5), G7M ou Bm7.
A progressão fica:
C7M | D7 (Clichê) ou…
C7M | F#m7(b5) (Pode soar esquisito por causa da dissonância do acorde de F#m7(b5)) ou…
C7M | G7M ou…
C7M | Bm7 (clima que curto bastante).“Primeiro, pra mim o acorde de A7M(11+) está com tensão de subdominante e não de tônica”
Lembre que funções harmônicas são derivações do sistema tonal. Se você pensar em tonalidade o acorde de quarto grau sempre terá função de subdominante, mas no sistema modal ele será a tônica do modo – que soa muito mais fraco do que uma tônica de uma tonalidade.
“…como possuindo tonalidades em Míxolidio?”
Tonalidade é uma coisa, modo é outra. Se você analisar as músicas em termos de tom, serão maiores. No caso de modo, serão mixolídio. Hoje em dia os conceitos se misturam e é difícil separar tom de modo. O sistema tonal passou a aceitar resoluções diferentes das tradicionais e costumamos entregar intenções modais até mesmo em músicas que são definitivamente tonais.
agosto 30, 2014 às 9:51 pm #1650Obrigado por esclarecer minha dúvida.
agosto 30, 2014 às 10:04 pm #1651Vai firme aí nos estudos Mateus e fique a vontade para perguntar aqui. Vá se aprofundando e vamos esclarecendo aqui no Forum.
setembro 10, 2014 às 11:47 pm #1862Meu cérebro vai dando nós cada vez que eu tento diferenciar música modal e música tonal. hahahaha
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